Coronavírus e hemofilia: o que fazer durante a pandemia

Diante da situação vivenciada no mundo devido, a Federação Mundial de Hemofilia (FMH) emitiu algumas orientações com relação aos cuidados e ações que os hemofílicos precisam ter com seu tratamento durante a pandemia. Como a recomendação é o isolamento social, é muito importante entender como proceder neste momento, já que é vital que o tratamento e cuidados continuem mesmo em casa.

De acordo com a FMH, não há qualquer razão para que o paciente mude seu tratamento visto que não há problemas de escassez, nesta fase, dos suprimentos relacionados ao tratamento como problemas na fabricação ou interrupção da cadeia de suprimentos. A recomendação é que a pessoa entre em contato com seu centro de tratamento de hemofilia apenas se constatar que o estoque em casa não é suficiente para o período.

Além disso, eles ressaltam que se a pessoa com hemofilia faz o tratamento em casa, não peça mais do que precisa para seu tratamento usual. “Algumas doses extras para uso doméstico são necessárias apenas em caso de atrasos ou interrupção na entrega”, comentam em nota.

 

Orientações para quem faz tratamento com fatores VIII e IX derivado de plasma:

Nesses casos, os processos de inativação e eliminação viral empregados são suficientes para destruir vírus envoltos em lipídios, como o SARS-CoV-2. Não é recomendado trocar o tipo de produto usado no tratamento e também não há notificações de interrupção no fornecimento de produtos derivados de plasma.

Porém, a principal preocupação dos órgãos competentes é a diminuição das coletas de plasma para a produção de produtos derivados de plasma nesta fase. Assim, é muito importante que as doações de sangue e plasma continuem sendo feitas já que são um processo seguro e a sua necessidade continua sendo grande, como sempre. “O apoio dos doadores atuais e novos permanece crítico para manter o suprimento adequado de sangue plasma durante a pandemia”, informa a Federação.

Todos os hemocentros e centros de coleta de sangue e plasma são lembrados a seguir diretrizes para proteger os profissionais e doadores, a fim de impedir a disseminação do SARS-CoV-2 através do contato humano.

A Federação Mundial de Hemofilia ainda explica que outros tratamentos com produtos derivados de sangue que não são inativados por vírus (como crioprecipitados e plaquetas), precisam verificar com seu médico quais serão as medidas a serem tomadas com base na análise clínica de risco/benefício, equilibrando a segurança de não tratar um evento hemorrágico e qualquer risco residual de adquirir outra infecção.

Para facilitar o entendimento das orientações, confira as orientações da Federação Mundial de Hemofilia para cada caso neste link.

Se ficar com mais dúvidas, se informe no seu centro de tratamento.

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